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Podcast 31 – DIFERENÇAS ENTRE HOMEM E MULHER

Por:Julio Machado
Podcast

31

maio 2017

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Livros bem populares como: “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus” e “Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor”, desenvolvem reflexões interessantes sobre essa temática.

O nosso objetivo aqui não é o de tecer uma lista destas diferenças ou analisar se tais diferenças se baseiam mais na biologia ou no aprendizado cultural. Não que isso não seja importante, mas o nosso propósito é

refletir sobre o quanto essas diferenças podem atrapalhar ou contribuir na construção do relacionamento de um casal.

A ciência já comprovou que os cérebros de homem e de mulher são diferentes, em alguns aspectos. O homem, em geral, tem um lado do cérebro que predomina mais, o que faz que ele tenha mais facilidade para focar em uma atividade de cada vez. Já a mulher usa o cérebro integrando os dois hemisférios, o que poderia explicar o seu jogo de cintura e a habilidade de acumular tarefas. Se, por exemplo, o homem está lendo o jornal, pode não perceber que o bebê caiu do berço. Como já dissemos ele se concentra em uma coisa de cada vez. A mulher, por sua vez, já é capaz de perceber o cheiro de queimado na cozinha, prestar atenção ao barulho das crianças e ainda falar ao telefone. Muitos casais brigam por isso, por ignorarem as capacidades e as limitações de cada sexo.

Os cérebros do homem e da mulher trazem características que se mostraram favoráveis ao longo do processo evolutivo. Assim, era interessante que a mulher da pré-história fosse apta a estabelecer interações sociais para viver bem com os filhos e com outras mulheres nas cavernas, ao passo que ao homem interessava a capacidade de se orientar espacialmente e desenvolver o raciocínio lógico para capturar as presas nas suas longas caçadas. Ainda hoje trazemos essa herança milenar: as mulheres com mais fluência verbal e os homens mais aptos para a lógica e a orientação espacial. Não há nada de certo ou de errado nisso, nem que uma característica seja melhor ou pior do que a outra. São apenas diferenças aprendidas e impregnadas nas nossa biologia ao longo dos milênios.

O contínuo reconhecimento e a compreensão destas diferenças ajudam o casal a descobrir novas maneiras de melhorar o relacionamento. Entender estas diferenças evitaria muitas frustrações que surgem quando desconhecemos o que é próprio de cada sexo. As duas palavras chaves então são: CONHECIMENTO e COMPREENSÃO.

Os desentendimentos poderiam ser evitados só do homem saber que uma certa característica da sua mulher que o incomoda tanto, como, por exemplo, demorar um pouco mais que ele para se vestir, não é um defeito da sua mulher, mas uma característica presente na maioria delas. O mesmo aconteceria se a mulher compreendesse que não é só o seu companheiro que é mais reservado com os seus problemas pessoais, mas que isso é uma característica da maioria dos homens que preferem ficar na sua caverna sozinhos e calados. A compreensão leva a aceitação, que leva ao diálogo, que leva a mais compreensão e assim o relacionamento cresce de maneira saudável. Sem esta compreensão o amor e a admiração que brotaram no começo da relação, poderão ficar desgastados e entristecidos, em meio a tantas agressões e intolerâncias.
Elas falam demais, argumenta o time masculino.

Eles não prestam atenção no que estamos falando, rebatem as damas.

O problema acontece quando fazemos destas diferenças motivos de ataque e de rivalidade, como se estivéssemos competindo um com o outro, ao invés de usar estas mesmas diferenças para somar e enriquecer o relacionamento. Seria tão mais interessante reconhecer o que é de um e o que é de outro e aproveitar estas características como vantagens e não como uma afronta.

Quando a mulher quer contar ao companheiro algum problema que surgiu no seu dia, o homem já quer logo dar uma solução. Só que elas já têm em mente o que irão fazer, não estão em busca de uma opinião. Só querem desabafar, mas o homem não é bom ouvinte, não lida bem com o excesso de informações.

Se ele compreendesse essa característica das mulheres, provavelmente a ouviria mais calado e atento. Se ela, por sua vez, compreendesse também esta característica dos homens, o pouparia do detalhamento e resumiria o assunto para ele. Agora, se ela tiver contando um problema para outra mulher, é um outro departamento, pode espichar o assunto com muito mais detalhes.

Na maioria das vezes, as pessoas não agem por mal ou pelo desejo gratuito de ferir, mas sim pelo seu jeito particular de se comunicar. Por isso insistimos tanto aqui em praticarmos a virtude da compreensão. Isso propiciará um maior entendimento e admiração do outro, que abrirá as portas para uma entrega sem reservas, experimentando a beleza, a alegria e a crescente felicidade da convivência a dois.

 

Julio Machado

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